Ao menos 69 pessoas na área de Vancouver morreram em uma onda de calor recorde que tomou o oeste do Canadá e o noroeste dos Estados Unidos nas últimas 48 horas, informou a polícia local nesta terça-feira (29).
A maioria dos mortos nos subúrbios de Burnaby e Surrey, em Vancouver, nas últimas 24 horas eram idosos ou pessoas com problemas de saúde adicionais, de acordo com a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP).
– Embora ainda esteja sendo investigado, acredita-se que o calor é um fator que contribuiu para a maioria das mortes – disse em um comunicado o cabo Michael Kalanj, da RCMP.
As temperaturas neste início de verão na América do Norte estão excepcionalmente altas. No noroeste dos Estados Unidos e do Canadá, os termômetros passaram de 40ºC. O calor na parte oeste canadense levou aos fechamentos de escolas e de campanhas de vacinação contra a covid-19. A cidade de Lytton, na Colúmbia Britânica, quebrou o recorde histórico do país com temperatura de 47,9ºC na segunda-feira (28).
Nesta região, ventiladores e aparelhos de ar-condicionado estão esgotados e as cidades abriram centros de refrigeração.
O calor escaldante que se estende de Oregon, nos Estados Unidos, aos territórios árticos do Canadá foi atribuído a uma crista de alta pressão que retém o ar quente da região.
"Uma prolongada, perigosa e histórica onda de calor persistirá durante esta semana", advertiu o canal de alertas climáticos Environment Canada, emitindo informações para a Colúmbia Britânica, Alberta e partes de Saskatchewan, Manitoba, Yukon e outros territórios do Noroeste.