As autoridades nigerianas expressaram nesta terça-feira (8) seu "desacordo cordial" com Washington, que acaba de acrescentar aquele país à sua lista negra de países "particularmente preocupantes" em termos de liberdade religiosa.
"A Nigéria não pratica nenhuma violação da liberdade religiosa e não tem uma política de perseguição" a esse respeito, disse o ministro da Informação, Lai Mohamed, em um comunicado.
"As vítimas da insegurança e do terrorismo são os cristãos, os muçulmanos e outras religiões", frisou, lembrando que a liberdade religiosa é garantida pela Constituição nigeriana.
"O apoio dos EUA à liberdade religiosa é inabalável", alertou em um tweet Mike Pompeo, Secretário de Estado do país americano, que acrescentou a Nigéria à lista negra, junto com outros países que já estavam listados em 2019: Arábia Saudita, Birmânia , China, Coreia do Norte, Eritreia, Irã, Paquistão, Tajiquistão e Turcomenistão.
A Nigéria, com 200 milhões de habitantes, está dividida quase igualmente entre o norte muçulmano e o sul cristão, e em ambas as áreas o ateísmo é muito mal visto.
* AFP