O chefe do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, William Barr, autorizou, na segunda-feira (9), procuradores federais de todo o país a abrirem investigações sobre irregularidades nas eleições, enquanto o presidente Donald Trump continua afirmando que perdeu a votação devido a uma fraude.
Barr, próximo de Trump, indicou em carta aos procuradores do país que não se trata de uma indicação de que o Departamento de Justiça tenha provas de casos genuínos durante as eleições, e sim libera os funcionários de antigas restrições a esse tipo de investigação, em meio a denúncias dos republicanos de que houve votos ilegais e irregularidades na apuração.
— Uma vez que a votação nas atuais eleições foi concluída, eu os autorizo a investigar denúncias substanciais de irregularidades na votação e no processo de recontagem, antes da certificação das eleições em suas jurisdições em certos casos — determinou Barr.
Em resposta ao memorando do procurador-geral, o chefe da seção de crimes eleitorais do Departamento de Justiça, Richard Pilger, pediu demissão do cargo horas depois, indicando a colegas que sua decisão está relacionada com a orientação de Barr, de acordo com a rede de notícias NBC.
Barr, que foi nomeado por Trump, disse aos procuradores que "essas investigações ou revisões devem ser conduzidas quando houver denúncias claras e aparentemente confiáveis de irregularidades que, caso comprovadas, poderiam ter impacto potencial no resultado da eleição federal em um determinado Estado".
Habitualmente, as investigações de fraude são de competência dos Estados, que estabelecem suas regras. A política do Departamento de Justiça tem sido evitar qualquer envolvimento federal até que as apurações sejam certificadas; as recontagens, concluídas; e as disputas, encerradas.