O presidente do Peru, Manuel Merino, anunciou sua renúncia neste domingo (15), cinco dias após tomar posse, em meio a protestos em massa nas ruas do país e pressão do Congresso.
— Quero tornar público para todo o país que apresento minha renúncia — declarou Merino em mensagem transmitida pela televisão, o que deflagrou uma celebração imediata nas ruas de Lima.
O acontecimento se dá um dia depois da violenta repressão a manifestações, com saldo de dois mortos e mais de cem feridos no país.
O Congresso deve agora nomear um novo presidente, que consiga pacificar as tensões instauradas. O escolhido será o terceiro presidente em menos de uma semana, em um Peru duramente atingido pela pandemia e pela recessão econômica, que mergulhou em uma crise política quando o parlamento removeu o presidente popular Martín Vizcarra em um julgamento a jato na segunda-feira (9).
Merino afirmou que, para que não haja "vácuo de poder", os 18 ministros escolhidos por ele permanecerão no cargo temporariamente, embora praticamente todos tenham renunciado após a repressão aos manifestantes no sábado (14).
O fugaz governante anunciou sua renúncia pouco depois do meio-dia, 14h em Brasília.
O Congresso designará seu sucessor, escolhido entre os parlamentares, em uma sessão convocada para as 18h, 20h em Brasília. Isso significa que, por pelo menos seis horas, o Peru não terá presidente.
* com informações do AFP