O Congresso peruano aprovou nesta segunda-feira (9) a destituição do presidente Martín Vizcarra por "incapacidade moral", após denúncias de que tinha recebido propinas quando era governador em 2014.
A moção para remover o presidente peruano foi aprovada por 105 votos a favor, 19 contra e quatro abstenções, superando os 87 votos necessários.
— Foi aprovada a resolução que declara a vacância da Presidência da República — declarou após a votação o chefe do Congresso, Manuel Merino, que assumirá na terça-feira (10) a chefia do governo até o fim do mandato atual, que termina em 28 de julho de 2021.
Merino disse que a medida será imediatamente informada a Vizcarra, presidente que teve níveis recorde de popularidade em seus 32 meses de governo.
Vizcarra havia vencido um julgamento semelhante em 18 de setembro. No entanto, sem votos para permanecer, ele teve um destino similar ao do seu antecessor, Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), que não pôde completar seu mandato, sendo forçado a renunciar por pressão do Parlamento.