O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, assegurou, nesta quarta-feira (25), que Papai Noel está autorizado a entregar presentes durante o Natal. O anúncio, divulgado pelas redes sociais, foi em resposta à carta de um menino de oito anos, que escreveu perguntando se as medidas de restrição pela pandemia impediriam o trabalho do "bom velhinho".
"Monti (oito anos) me escreveu perguntando se Papai Noel vai entregar presentes este ano. Recebi muitas cartas sobre isso, por isso falei com especialistas e posso garantir que o Papai Noel fará as malas e entregará presentes neste Natal!", escreveu Johnson, que anexou a carta do menino.
Na carta escrita a mão, Monti se apresenta e diz que estava se perguntando se Johnson e o governo já haviam pensado sobre a vinda de Papai Noel neste Natal.
"Se deixarmos desinfetante para mãos perto dos biscoitos, ele pode vir? Ou ele vai lavar as mãos? Eu entendo que você é muito ocupado, mas você e os cientistas podem por favor falar sobre isso", escreveu o menino.
Johnson também publicou sua carta em resposta a Monti. O primeiro-ministro disse saber que milhares de crianças estavam se fazendo a mesma pergunta e que "ligou para o Polo Norte" para ter certeza. O premiê britânico também disse ter consultado autoridades de saúde do país, que autorizaram a medida.
"Papai Noel está pronto e ansioso para ir, assim como Rudolph e as outras renas. O chefe do departamento de Saúde pediu-me que lhe dissesse que, desde que o Papai Noel se comporte da maneira responsável de sempre e trabalhe com rapidez e segurança, não há riscos para a sua saúde ou a dele", escreveu.
Johnson também elogiou a medida de segurança sugerida pelo menino:
"Deixar desinfetante para as mãos junto com os biscoitos é uma excelente ideia para ajudar a prevenir a propagação do vírus — e usá-lo você mesmo, e lavar as mãos regularmente, é exatamente o tipo de coisa que colocará você e seus amigos na lista de presentes".
Assim como boa parte da Europa, o Reino Unido atravessa uma nova onda de infecções pelo coronavírus, o que exigiu a adoção de regras de isolamento social mais uma vez. Com os novos isolamentos, a autorização para realização de festas de fim de ano ficou em aberto por algum tempo, até que as quatro nações do Reino Unido concordaram em relaxar as restrições para o Natal e permitir que até três famílias se reúnam em ambientes internos entre os dias 23 e 27 de dezembro.
Os encontros não podem acontecer em locais de hospedagem nem de entretenimento.
Reino Unido, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte adotaram abordagens diferentes para lidar com a pandemia até agora, mas seus líderes decidiram estabelecer uma política comum para o período festivo. No Reino Unido, uma quarentena nacional terminará na próxima semana. Segundo Boris Johnson, o país deve voltar ao sistema anterior, em que cada região recebe um alerta específico dependendo da situação da pandemia.