A disputa pela presidência dos Estados Unidos segue indefinida na manhã desta quarta-feira (4). Às 10h, a contagem realizada pela agência de notícias AFP contabilizava 238 votos para o democrata Joe Biden no Colégio Eleitoral, contra 213 do republicano Donald Trump, candidato à reeleição. São necessários 270 votos para que um deles seja proclamado vencedor.
Biden conseguiu vitórias importantes em Estados como Arizona, Nova York e Califórnia, enquanto Trump conquistou Flórida, Texas e Ohio.
Os votos decisivos devem vir de Michigan (16 votos no Colégio Eleitoral), Wisconsin (10) e, principalmente, da Pensilvânia (20). Nevada, Carolina do Norte, Geórgia e Alasca também seguem com situação indefinida, conforme a AFP.
Ainda faltará uma série de votos enviados pelos correios, uma contagem que pode levar dias até que seja concluída. Nesta eleição, mais de 100 milhões de eleitores votaram antecipadamente no país.
Durante a madrugada, Trump fez um discurso em que afirmou que irá recorrer à Suprema Corte para paralisar a contagem de votos e evitar uma "fraude" na apuração. O republicano também afirmou que "ganhou a eleição".
— Isso é uma fraude para o povo americano, uma vergonha para o nosso país. Estávamos nos preparando para vencer esta eleição. Por direito, vencemos esta eleição. Iremos para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Queremos que todas as votações parem — disse Trump na Casa Branca, em Washington, em uma aparente referência às apurações dos votos emitidos por correio.
A reação da equipe de Biden veio por meio de nota, assinada pela chefe da campanha democrata, Jen O’Malley Dillon. Ela chamou de "ultrajante, sem precedentes e incorreto" o discurso do adversário.
"É incorreto porque não vai acontecer. A contagem não vai parar. Irá continuar até que todo voto registrado seja contado. Porque é o que nossas leis — as leis que protegem o direito constitucional de todo americano votar — requerem. Temos equipes jurídicas prontas para se mobilizar para resistir a esse esforço", escreveu Jen.