Ataques terroristas deixaram três pessoas mortas e várias pessoas feridas no início da noite desta segunda-feira (2) em Viena, capital da Áustria. De acordo com o jornal Kronen Zeitung, aconteceram ataques com armas automáticas em uma sinagoga e nas ruas do centro da cidade, e um homem se matou detonando explosivos no próprio corpo perto da estação de metrô Schwedenplatz. Um policial que combatia os terroristas e um homem que estava na rua morreram. Pelo menos 15 pessoas estão sendo atendidas com ferimentos à bala em hospitais de Viena, segundo o porta-voz da secretaria de Saúde local, Christoph Mierau.
Segundo a imprensa local, os ataques a tiros com armas automáticas de longo alcance aconteceram em seis locais diferentes do centro da cidade. Pelo menos cem tiros foram disparados. Moradores da região filmaram alguns dos atiradores e postaram nas redes sociais.
Ao chegar ao local, a polícia reagiu, deflagrando um intenso tiroteio. O Ministério do Interior da Áustria declara que um dos atiradores fugiu e ainda não foi encontrado. A polícia pediu aos moradores que evitem locais e transportes públicos.
Segundo o presidente da Comunidade Israelita de Viena, Oskar Deutsch, ainda está sendo investigado se a sinagoga era o alvo do ataque terrorista.
O rabino Schlomo Hofmeister disse que viu pelo menos uma pessoa disparar contra pessoas sentadas do lado de fora dos bares na rua abaixo de sua janela.
— Eles estavam atirando pelo menos cem tiros do lado de fora do nosso prédio — disse o rabino.
O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, condenou o que chamou de "um ataque terrorista repulsivo". "Estamos experimentando horas difíceis na nossa República", acrescentou.
"Não nos deixaremos intimidar jamais pelo terrorismo e combateremos estes ataques com todos os nossos meios", escreveu no Twitter, acrescentando que seus pensamentos estão com "as vítimas, os feridos e seus entes queridos".
Condenações ao ataque
A União Europeia condenou com força o "ataque terrível", segundo um tuíte do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, referindo-se a "um ato covarde".
"A Europa condena com força este ato covarde que viola a vida e nossos valores humanos. Meus pensamentos estão com as vítimas e os moradores de Viena, após o ataque terrível desta noite. Estamos ao lado da Áustria", escreveu Michel, que representa os 27 membros da UE.
O chefe da diplomacia europeia, Josp Borrel, se disse "chocado" com estes ataques. É "um ato de covardia, violência e ódio".
"Em todas as partes do nosso continente, estamos unidos contra a violência e o ódio", destacou pelo Twitter o presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli.
"Não evemos ceder ao ódio, que busca dividir nossas sociedades", reagiu o ministério alemão das Relações Exteriores após os ataques.
"Ainda que os alcance dos atos terroristas não tenha sido determinado ainda, nossos pensamentos estão com os feridos e as vítimas nestas horas difíceis", destacou no Twitter o ministério alemão, que lamentou as "notícias assustadoras e chocantes" provenientes de Viena.
"Nossos inimigos devem saber a quem enfrentam. Não cederemos em nada", disse o presidente francês, Emmanuel Macron.
"Nós, franceses, compartilhamos a comoção e o pesar do povo austríaco (...) Depois da França, é um país amigo que é atacado. É a nossa Europa", acrescentou Macron.