O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira (14) que será decretado um toque de recolher noturno em nove cidades do país, incluindo Paris, por pelo menos um mês, diante de um novo aumento do número de casos de coronavírus. A medida deverá afetar quase um terço da população do país, que soma 67 milhões de pessoas.
— O toque de recolher durará quatro semanas e iremos ao Parlamento para prorrogá-lo até 1º de dezembro. Seis semanas é o tempo que acreditamos ser necessário — disse Macron em uma entrevista na TV.
O toque de recolher se aplicará entre as 21h e as 6h e entrará em vigor a partir de sábado, detalhou Macron. As pessoas que não cumprirem a medida receberão multa de 135 euros (cerca de R$ 887). "Devemos agir" pois "a situação é preocupante", disse o chefe de estado francês, alertando que a segunda onda já está diminuindo no país.
Além da capital, Paris, o toque de recolher se aplicará a Lille, Grenoble, Lyon, Aix-Marselha, Montpellier, Rouen, Toulouse e Saint-Etienne.
Durante o dia, a vida dos franceses não mudará.
— Vamos continuar trabalhando, nossa economia precisa disso, nós precisamos, nossos filhos vão continuar a ir à escola — explicou Macron. Também não haverá restrições ao movimento dentro do país.
Em outra medida anunciada pelo presidente, as reuniões familiares não deverão ter mais do que seis pessoas ao redor da mesa, a não ser que sejam integrantes imediatos da família.
A França, um dos países europeus mais atingidos pelo coronavírus, já contabiliza cerca de 33 mil mortes por covid. O número de infecções aumentou de forma constante nas últimas semanas na França, especialmente desde o retorno das férias de verão.