Os Estados Unidos fecharam nesta quarta-feira (22) um acordo com as farmacêuticas Pfizer e BioNTech para comprar, ainda em 2020, 100 milhões de doses da vacina contra o coronavírus. As empresas informaram que não devem conseguir produzir mais do que isso neste ano.
Comunicado emitido pelas farmacêuticas afirma que o governo norte-americano fez um pedido inicial de 100 milhões de doses e vai desembolsar um total de US$ 1,95 bilhão por elas, após a aprovação da profilaxia pela Agência de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês).
O acordo firmado ainda prevê entrega de até 600 milhões de doses aos EUA ao longo do ano seguinte.
Pfizer e BioNTech planejam produzir 100 milhões de doses — ou seja, o valor já contratado pelos EUA — até o final de 2020 e "potencialmente" mais de 1,3 bilhão de doses até o final de 2021, o que deve ser entregue ao restante do mundo.
— Estamos comprometidos em tornar o impossível possível, trabalhando incansavelmente para desenvolver e produzir em tempo recorde uma vacina segura e eficaz para ajudar a pôr fim à crise global de saúde — disse o Dr. Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.
— Estamos satisfeitos por termos assinado esse importante acordo com o governo dos EUA para fornecer as 100 milhões de doses iniciais após a aprovação pelo FDA — completou o CEO da BioNTech, Ugur Sahin.
A vacina experimental em desenvolvimento pela Pfizer em conjunto com a BioNTech tem demonstrado resultados positivos. De acordo com as farmacêuticas, foram verificadas respostas imunes "fortes", e em velocidade anterior ao prazo estimado, das chamadas células T, consideradas fundamentais para protegerem um organismo do coronavírus.
Na terça-feira (21), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval para testes com as vacinas BNT162b1 e BNT162b2, da Pfizer e BioNTech. Os testes devem ser feitos com inclusão de cerca de 29 mil voluntários — destes, 5 mil serão do Brasil, distribuídos em São Paulo e na Bahia.