A crise econômica provocada pelo coronavírus poderia colocar 9 milhões de mexicanos na pobreza, de acordo com estudo do governo publicado na segunda-feira (11), pedindo auxílios como pensões e seguros. O país não oferece benefícios federais para desempregados.
O aumento das dificuldades pode atingir 70 milhões de mexicanos, ou 56% do país, que não ganharão o bastante para cobrir necessidades básicas, anunciou a Coneval, agência autônoma pública que mede a pobreza no país. Isso seria um aumento a partir dos 50% registrados em 2018.
A taxa de pobreza do México em geral — uma medida diferente que inclui renda e fatores como educação e acesso a alimentos — caiu na década anterior a 2018 para cerca de 42% da população, anunciou a agência. Durante o período, o acesso à saúde e à qualidade da moradia foram os fatores que mais evoluíram, segundo o relatório.
"A conclusão geral é de que a crise ameaça os avanços do México na área de desenvolvimento social e irá afetar desproporcionalmente os grupos vulneráveis", afirmou a agência.