O vice-presidente do Equador, Otto Sonnenholzner, pediu desculpas, no sábado (4), pelas imagens de mortos pelas ruas e residências da cidade de Guayaquil, a mais atingida pela pandemia de coronavírus no país.
— Sofremos uma forte deterioração da nossa imagem internacional. Vimos imagens que nunca deveriam ter acontecido e, por isso, como seu servidor público, eu lhes peço desculpas — afirmou Sonnenholzner em pronunciamento de rádio e televisão.
No meio da semana, militares e policiais retiraram 150 corpos que jaziam em casas da cidade, depois do caos pela pandemia de coronavírus que dificultou o transporte dos cadáveres por diferentes motivos. Sonnenholzner, que lidera o Comitê de Operações de Emergência (COE) ativado para enfrentar a atual emergência sanitária, ofereceu seus pêsames "a todas as famílias que perderam um ente querido nessa semana".
Neste domingo (5), o Equador informou o registro de 3.465 casos de covid-19 no país, incluindo 172 mortos. A província de Guayas, que tem Guayaquil como capital, tem a maior incidência de casos no país, com 2.402 contaminados e 122 mortos. Em todo território está em vigor um toque de recolher de 15h.
— Não podemos descumprir o toque de recolher. (...) O maior inimigo deve ser o vírus, e não a desobediência — alertou Sonnenholzner.
Ontem, o presidente Lenín Moreno denunciou que pelo menos 40% dos contaminados pelo coronavírus descumpriram o isolamento obrigatório. Por esse motivo, ele determinou a implantação de uma plataforma tecnológica para vigiar os pacientes.