A Itália superou a marca dos 20 mil mortos pelo coronavírus nesta segunda-feira (13), de acordo com o último balanço oficial do país. Apesar do alto número de vítimas fatais, o boletim aponta um declínio na quantidade de pacientes em terapia intensiva pelo 10° dia consecutivo.
Foram registradas 566 novas mortes em 24 horas, elevando para 20.465 o número total de óbitos desde o início da pandemia, segundo dados publicados pela Proteção Civil. Já os infectados totalizam 159.516.
Durante a coletiva de imprensa, o membro do Instituto Superior de Saúde (ISS), Giovanni Rezza, justificou o número alarmante:
— Existem sinais positivos, mas o número de mortos ainda é alto, porque deve ser atribuído a contágios anteriores.
A Lombardia, localizada no norte da Itália e o pulmão econômico do país, continua sendo a região mais afetada, com 10.901 mortes em 60.314 casos, seguida por Emília-Romanha, no centro-norte, com 2.615 mortes por 20.440 casos, e Piemonte, no noroeste, com 1.826 mortos em 17.314 casos.
O presidente da região da Lombardia, Attilio Fontana, disse esperar "a opinião dos especialistas (...) para entender a evolução dessa curva que desacelera, mas muito, muito lentamente".
— Espero que em breve vejamos ainda melhor os efeitos benéficos desse confinamento, porque provavelmente o que ainda vemos são os efeitos do período em que estávamos parcialmente parados — afirma.
Segundo o Instituto de Pesquisa em Economia do Banco da Itália, dois meses de bloqueio do aparato de produção custarão à península entre 143 e 234 bilhões de euros, ou seja, entre 6,9% e 11,2% do Produto Interno Bruto (PIB) italiano.