O Parlamento da Alemanha aprovou nesta quarta-feira (25) um pacote de medidas de cerca de 1,1 trilhão de euros destinado a permitir que a primeira economia europeia enfrente o impacto da pandemia do coronavírus.
Os deputados, espalhados por toda a câmara para limitar a possibilidade de contágios, aprovaram novos empréstimos no valor de 156 bilhões de euros para apoiar empresas, trabalhadores e o sistema de saúde, além de centenas de bilhões em garantias para os empréstimos bancários empresariais.
Este pacote de medidas sem precedentes será agora submetido à câmara alta do parlamento, que representa os Estados federais.
Sua adoção é praticamente certa, já que os líderes regionais expressaram unanimemente seu apoio ao plano da chanceler Angela Merkel, para o qual foi decidido suspender as restrições constitucionais de endividamento.
Essas medidas incluem um "fundo de estabilização econômica", que oferece 400 bilhões de euros em garantias para as dívidas das empresas, 100 bilhões em empréstimos ou investimentos em empresas e 100 bilhões para ajudar o banco de investimento público KfW.
O KfW pode, no futuro, garantir cerca de 822 bilhões de euros em empréstimos. O governo federal vai oferecer às pequenas empresas até 50 bilhões de euros em doações.
O pacote de medidas inclui também 3,5 bilhões de euros para o sistema de saúde, além de 55 bilhões que estão prontos com base nas necessidades da luta contra a pandemia.
O ministro da Economia, Peter Altmaier, disse na terça-feira que uma contração econômica de cerca de 5% é esperada para 2020 devido ao impacto da pandemia, semelhante à diminuição da atividade econômica que ocorreu na crise financeira de 2008 e 2009.
Por conta do coronavírus, a confiança dos consumidores alemães cairá em abril após uma primeira queda em março, de acordo com o barômetro GfK.
Se espera que o indicador atinja 2,7 pontos, seu valor mais baixo desde a grande crise de 2009. A diminuição é de 5,6 pontos em relação a março, que foi revisada para 8,3 pontos abaixo de 1,5 pontos percentuais.