Nesta terça-feira (31), os Estados Unidos e a França superaram a China em número de mortes por covid-19.
Os americanos registraram 3.416 mortes até a tarde desta terça, e a França tem 3.523 mortes, o país europeu agora é o terceiro com mais óbitos, atrás da Itália (mais de 12 mil) e da Espanha (mais de 8 mil).
A China, onde o surto de coronavírus começou no fim de 2019, tem 3.309 mortes até agora.
Segundo dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins, os EUA passaram dos 177 mil casos e são o país com maior número de pessoas que contraíram a infecção. Em seguida vêm Itália (105 mil), Espanha (94 mil), China (82 mil), Alemanha (68 mil) e França (52 mil).
Chama atenção, portanto, o grande número de mortos na França para a quantidade de pessoas infectadas. Por outro lado, apesar de um alto número de casos, a Alemanha tem baixa letalidade, apenas 682 mortos.
O total de casos de covid-19 no mundo tem aumentado rápida e diariamente e chegou a mais de 800 mil nesta terça, com 39,5 mil mortes.
O Estado de Nova York registra quase metade do total de mortos pelo novo vírus nos EUA, com 1.550 vítimas.
A letalidade, porém, ainda é numericamente maior em países da Europa: na Itália são 105,7 mil casos e 12.428 mortes, e na Espanha, 94,4 mil casos e 8.269 mortos.
A expectativa do governo americano é de que o pico de casos e mortes no país aconteça em duas semanas, em 15 de abril. O presidente Donald Trump anunciou no domingo (29) a extensão de medidas de distanciamento social até 30 de abril, depois de ter dado diversas declarações de que era preciso reabrir os EUA até a Páscoa.
Ele foi convencido por dados e assessores de que o pior ainda estava por vir e era preciso manter as pessoas em casa por mais tempo para tentar conter o avanço do novo vírus.
Nos EUA, o ritmo de crescimento dos casos confirmados começou a crescer de forma vertiginosa no meio de março. Estados como Nova York, Nova Jersey e Califórnia são os mais afetados, mas outros focos críticos têm aparecido em Michigan e Flórida, por exemplo.
Com as medidas de isolamento, que variam de Estado para Estado, mais de 225 milhões de pessoas, ou três em cada quatro americanos estão sob medidas restritivas no país atualmente.
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins
De acordo com especialistas, a demora no processo dos testes para detectar a covid-19 deu a falsa impressão de que o perigo ainda não havia chegado aos EUA e deixou por muito tempo autoridades e população desarmadas, enquanto a transmissão se dava em marcha invisível e exponencial. A confirmação do primeiro paciente com diagnóstico de coronavírus nos EUA foi em 21 de janeiro.
Trump, que inicialmente minimizava a gravidade da pandemia, declarou estado de emergência nacional após 52 dias, em 13 de março. Menos de duas semanas depois, o país registrava 83.012 casos e 1.301 mortes, superando China e Itália e tornando-se o epicentro do vírus.
Nesta segunda-feira (30), os EUA romperam a marca dos 150 mil casos mostrando que ainda não conseguiram frear a curva do vírus. Em um dia, 25 mil novos casos e um novo salto.
Segundo levantamento da Kaiser Family Foundation, dos 50 Estados americanos, 44 limitaram atividades de bares e restaurantes, 46 fecharam escolas, e 28 estão com a ordem de manter os cidadãos em casa.