O grupo Boys Scouts of America (BSA), principal movimento de escoteiros dos Estados Unidos, apresentou um pedido de falência nesta terça-feira (18), em um esforço para salvaguardar as indenizações às vítimas de abuso sexual. De acordo com o comunicado, o procedimento ajudará a "compensar de forma equitativa" as vítimas por meio da criação de um "fundo de compensação" e permitirá que a organização continue operando a nível local.
— O BSA se preocupa profundamente com todas as vítimas de abuso e pede sinceras desculpas a qualquer pessoa que tenha sido prejudicada durante seu tempo entre os escoteiros — afirmou o presidente-executivo Roger Mosby.
Com 110 anos de história e 2,2 milhões de integrantes com idades entre cinco e 21 anos, o BSA foi acusado de acobertar abusos contra milhares de jovens durante gerações e de não fazer o suficiente para expulsar os pedófilos da organização.
De acordo com declaração realizada em 2019 pelo advogado Jeff Anderson, mais de 12 mil integrantes foram vítimas de abuso desde 1944. Anderson citou mais de 7,8 mil abusadores dentro da organização.
A existência dos dados figura no que foi chamado de "arquivos da perversão", revelados pela primeira vez em um processo judicial de 2012.