As partes em conflito no Iêmen concordaram com a primeira troca de prisioneiros em larga escala desde o começo da guerra, em 2014, informaram neste domingo a ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR).
"Este é um passo para o cumprimento do compromisso das partes de libertar gradualmente todos os prisioneiros vinculados ao conflito, em conformidade com o acordo de Estocolmo", informaram a ONU e o CICR após uma reunião de sete dias em Amã, capital da Jordânia.
O número de presos envolvidos não foi citado no comunicado da ONU, mas o porta-voz dos huthis, Mohammed Salam, informou que eles iriam libertar 1,4 mil detidos, incluindo sauditas e sudaneses.
O conflito no Iêmen coloca em lados opostos o governo reconhecido pela comunidade internacional, apoiado por uma coalizão militar sob o comando da Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã. Os inimigos concordaram em trocar 15 mil presos como parte de um acordo assinado em 2018 na Suécia com a mediação da ONU, cujas cláusulas ainda não foram aplicadas.
"É uma medida puramente humanitária, que deve ser implementada sem demora, como foi acertado na Jordânia", tuitou a chancelaria do Iêmen.
* AFP