Violentos confrontos entre manifestantes e a polícia foram registrados nesta sexta-feira em vários pontos no centro de Santiago, capital do Chile, após uma nova estratégia do governo para evitar a concentração de pessoas com um maior destacamento de tropas.
Dois meses após o início dos protestos sociais, a prefeitura de Santiago aplicou uma nova fórmula de vigilância da Praça Italia, epicentro das manifestações, cercada com grades de metal e cheia de policiais, para evitar concentrações, que em geral contam com mais participantes às sextas. Os incidentes estavam concentrados em torno da Praça Italia, do Parque Florestal e em frente ao palácio do governo.
— O que procuramos é que os direitos das pessoas que circulam ou vivem no setor da Praça Italia deixem de ser afetados. Queremos que policiais sejam prudentes nas ruas, mas protejam os cidadãos de atos violentos sem inibição — declarou Felipe Guevara, prefeito de Santiago.
Porém, à tarde, vários grupos de manifestantes, principalmente jovens, foram para a Praça Italia e entraram em confronto com os agentes de segurança, sendo dispersados com força pela polícia, que usava gás lacrimogêneo e jatos de água.
Depois de quase uma hora de luta, os manifestantes quebraram as cercas de metal e conseguiram superar a polícia, que teve que voltar para as ruas próximas.
Os protestos no Chile começaram em 18 de outubro devido ao aumento da tarifa do metrô de Santiago, mas depois resultaram em uma ampla queixa contra o governo de Sebastián Piñera e políticas sociais de maior igualdade.