As forças armadas da Bolívia decidiram realizar operações conjuntas com a polícia para conter partidários do ex-presidente Evo Morales, anunciou seu comandante, general William Kaliman.
— O comando das Forças Armadas determinou a execução de operações conjuntas com a polícia para evitar sangue e luto na família boliviana — disse Kaliman em declaração à TV local. Kaliman, no domingo (10), ordenou Evo Morales a renunciar, horas depois do mandatário boliviano ter convocado novas eleições.
O chefe da polícia de La Paz pediu nesta segunda-feira a ajuda dos militares para deter a onda de violência gerada por partidários de Morales, que renunciou no domingo sob pressão.
— Ao comandante das Forças Armadas peço que intervenha: meu general Williams Kaliman, peço que intervenha porque a polícia boliviana foi superada — declarou o coronel José Barrenechea.
Quartéis da polícia em algumas cidades do país foram queimados e saqueados por partidários do ex-presidente.
A partir da tarde desta segunda-feira, centenas de apoiadores de Morales caminhavam em direção a La Paz da cidade vizinha de El Alto, enquanto o ex-presidente Carlos Mesa denunciava um iminente ataque à sua casa. Mesa, principal adversário de Morales nas eleições de 20 de outubro, afirmou no Twitter que uma "multidão violenta se dirige" à sua casa com a intenção de destruí-lo" e pediu ajuda à Polícia.