A Bolívia vai romper relações com o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro. O anúncio foi feito na sexta-feira (15) pela chanceler do governo boliviano interino, Karen Longaric. Na quinta-feira (14), a nova presidência já havia reconhecido o líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, como presidente venezuelano.
Segundo Karen, serão expulsos todos os funcionários da embaixada da Venezuela, em La Paz.
— É claro que as relações com o governo de Maduro serão rompidas. Reconhecemos uma Venezuela democrática — defendeu.
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, declarou que o presidente Evo Morales pode voltar ao país de seu exílio no México, mas disse que, se ele voltar, deverá responder à Justiça pelo que chamou de "irregularidades" nas eleições de outubro e por denúncias de corrupção.
— Ele sabe que tem contas pendentes com a Justiça boliviana. Acredito que deve ser responsável. O presidente Morales pode voltar, mas ele sabe que tem que responder à Justiça — afirmou.
Nesta sexta-feira, ocorreram protestos nas ruas de La Paz. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que exigiam a renúncia da presidente interina.