Dois ladrões roubaram joias com diamante e rubi avaliadas em um bilhão de euros de um museu de Dresden, no leste da Alemanha, na madrugada desta segunda-feira (25). Ainda que a instituição não tenha conseguido calcular o valor, especialistas estimam que as joias valham um bilhão de euros.
Os ladrões conseguiram entrar na câmara verde de Augusto II da Polônia, que reinou no século XVIII. A partir de 1723, Augusto II depositou no local peças do Renascimento e do Barroco. Além de monarca polonês, ele era eleitor — o equivalente a membro da nobreza — da Saxônia, cuja capital era Dresden.
Construído no século XVI, o museu possui uma das maiores coleções de joias antigas da Europa. Possui peças únicas de ourives, pedras preciosas, porcelanas, esculturas de marfim ou âmbar, bronzes ou outras pedras.
Parte do museu, um das mais antigos da Europa, foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial durante o bombardeio dos Aliados de 13 de fevereiro de 1945, antes de ser reconstruído. O Exército Vermelho havia apreendido uma parte das obras, levadas à União Soviética, antes de ser repatriadas em 1958 para Dresden, uma das principais cidades da antiga Alemanha Oriental. O museu foi reformado em 2004. As coleções antigas estão localizadas no térreo, onde o roubo foi cometido, e o primeiro andar recebe exposições temporárias.
— Estamos surpresos com a brutalidade do roubo — admitiu a diretora do museu, Marion Ackermann, em coletiva de imprensa. Ela fez alusão a um prejuízo de valor histórico e cultural "incalculável". Ela não pôde fornecer uma estimativa quantificada do prejuízo.
— Não podemos reduzir a um valor porque as peças não estão à venda — disse Ackermann.
Segundo as autoridades dos museus da cidade, os ornamentos roubados eram "parte do patrimônio cultural do mundo".
Dada a notoriedade das peças, as joias dificilmente podem ser comercializadas no mercado. Desta forma, as autoridades do museu acreditam que os ladrões podem querer reciclá-las de outra maneira.
— Isso seria terrível — afirmou a diretora do museu.