O Exército de Israel matou Baha Abu al Ata, líder militar do grupo palestino Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, em um ataque na madrugada desta terça-feira (12), segundo o grupo jihadista.
O comunicado da Jihad Islâmica revela que além de Baha Abu al Ata, o ataque matou a mulher do líder militar. O Exército hebreu havia confirmado um ataque contra o "prédio na Faixa de Gaza no qual o líder da Jihad Islâmica Baha Abu al Ata se encontrava".
Ata era "responsável pela maioria dos ataques terroristas a partir da Faixa de Gaza", disse o Exército no mesmo comunicado.
Vizinhos relataram uma forte explosão e o ministério da Saúde de Gaza informou a morte de duas pessoas na ação. A residência está localizada no distrito de Shejayia, a leste da cidade de Gaza.
Israel responsabilizava Ata, 42 anos, pela recente onda de foguetes lançados da Faixa de Gaza contra o território israelense, disparos de franco-atiradores e até operações com drones.
Logo após o ataque, foram registrados novos disparos de foguetes contra o território hebreu, o que fez ativar as sirenes de ataque aéreo em diversas partes do sul de Israel.
Na região de Gaza foi possível ouvir uma forte explosão, e pouco tempo depois os serviços de alto-falantes das mesquitas anunciaram a morte de Ata e de sua mulher.
Promessa de vingança
A morte de Ata abre caminho para uma grave escalada entre Israel e os grupos palestinos na Faixa de Gaza, território governado pelo movimento islâmico Hamas.
A Jihad Islâmica é o segundo maior grupo militante palestino na Faixa de Gaza, atrás apenas do Hamas, com quem mantém uma aliança estratégica.
Em um comunicado, o Hamas prometeu se vingar de Israel pelo ataque.
Diante deste quadro, o Exército hebreu "mobilizou tropas e está se preparando para vários cenários, ofensivos e defensivos".