Cerca de 2,5 mil pessoas continuam desaparecidas nas Bahamas, mais de uma semana depois da passagem do furacão Dorian. Pelo menos 50 pessoas morreram na passagem do furacão, que atingiu o arquipélago nos dias 1 e 2 de setembro, e autoridades temem que o número aumente significativamente.
— Umas 2,5 mil pessoas estão inscritas no registro governamental de pessoas desaparecidas — disse Carl Smith, representante da agência de gestão de emergências das Bahamas (Nema), destacando que a lista ainda não tinha sido comparada com os registros governamentais de pessoas em refúgios ou evacuadas.
Enquadrado na categoria 5 — a última da escala Saffir-Simpson — o fenômeno deixou um rastro de destruição nas Bahamas. Além das vítimas fatais, cerca de 13 mil casas foram destruídas ou gravemente danificadas. O furacão Dorian se igualou em velocidade e potencial de dano a outros três: o Gilbert, de 1988, o Wilma, de 2005, e o furacão do Dia do Trabalho, de 1935. O Allen, de 1980, com ventos de 306 km/h, foi o mais forte da história.
O norte do arquipélago permanece no caos, e a fase de emergência ainda não terminou. A prioridade é evacuar as vítimas das ilhas mais devastadas.
O porta-voz da Nema disse que mais de 5 mil pessoas já tinham sido evacuadas das ilhas Grande Bahama e Ábaco, que foram devastadas por Dorian. No entanto, detalhou que, durante o último dia, houve uma "redução significativa" do número de pessoas que buscam sair.
Smith disse ter autorizado a retomada de voos comerciais para a ilha de Ábaco de forma "limitada", mas que seria dada prioridade aos voos de socorro e evacuação.