Na segunda-feira (26), o escritor brasileiro Paulo Coelho pediu desculpas após os insultos e as declarações polêmicas a respeito da França dadas pelo presidente Jair Bolsonaro, em meio à crise pelos incêndios na Amazônia. O pronunciamento foi dado através de um vídeo publicado na sua conta pessoal do Twitter.
— Este é um vídeo um pouco triste para pedir perdão aos meus amigos franceses pela crise, eu diria que a histeria de Bolsonaro a respeito da França, do presidente da França (Emmanuel Macron), da esposa do presidente da França (Brigitte Macron) — afirmou em francês o escritor.
Nascido em 1947 no Rio de Janeiro, o escritor é um dos autores mais lidos do mundo, com mais de 70 milhões de cópias vendidas. Intitulado "Mensageiro da Paz" da Organização das Nações Unidas (ONU), o escritor fundou no Rio de Janeiro o Instituto Paulo Coelho, que oferece oportunidades a pessoas em dificuldades, em particular idosos e crianças.
— Enquanto a Amazônia está queimando, eles não têm nenhum argumento e apenas insultam, negam, dizem qualquer coisa para evitar assumir (sua) responsabilidade — acrescentou o escritor em referência às autoridades brasileiras.
A reunião do G7 de Biarritz deu origem a um confronto diplomático entre Bolsonaro e Macron a respeito dos incêndios devastadores na Amazônia. As declarações ofensivas do presidente brasileiro a respeito da primeira-dama francesa levaram Macron a desejar abertamente, diante das câmeras, que o "povo brasileiro tenha muito rapidamente um presidente que se comporte à altura do cargo".
— Esse é um momento de escuridão no Brasil, vai passar como a noite passa (...) e peço desculpas — acrescentou Paulo Coelho.