O presidente Jair Bolsonaro agradeceu nesta terça-feira (30) elogio feito ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista à imprensa, após evento no Palácio do Planalto, ele disse que o gesto demonstra a confiança que o americano tem no atual governo brasileiro e no nome do parlamentar para comandar a embaixada do Brasil nos Estado Unidos.
Mais cedo, Trump disse que está "muito feliz" com a indicação de Eduardo e ressaltou não considerar a sugestão uma prática de nepotismo. Para ser nomeado para o posto, o nome precisa ser aprovado pelo Senado.
— Obrigado ao Donald Trump, favorável à ida de Eduardo Bolsonaro como embaixador nos Estados Unidos. Demonstra a confiança que ele tem no governo e também a confiança que tem no meu filho, que é amigo dos familiares dele — disse.
Bolsonaro disse ter certeza de que a Comissão de Relações Exteriores do Senado irá aprovar a indicação de seu filho. Na sequência, o nome dele ainda precisa ter a chancela do plenário da Casa.
— Temos certeza de que caso o Senado aprove essa ida dele para lá, os nossos laços comerciais serão fortalecidos. Tenho certeza de que o Senado vai aprovar — acrescentou.
Pedido de autorização enviado na semana passada
Bolsonaro reagiu com surpresa o fato de Trump ter sinalizado que não sabia da indicação de Eduardo. Segundo ele, o pedido de autorização foi enviado na semana passada.
— Ele não pode saber de tudo, né? O presidente, como eu, por exemplo, não pode saber de tudo o que acontece no governo — afirmou.
O presidente brasileiro destacou, no entanto, que Trump conhece Eduardo e o chamou para participar de uma reunião reservada com ele quando Bolsonaro visitou os Estados Unidos, no início do ano.
Bolsonaro decidiu indicar o filho para assumir o posto diplomático em Washington no início de julho. Presidente da comissão de relações exteriores na Câmara, o deputado federal tem acompanhado o pai em viagens internacionais.
Segundo súmula do Supremo Tribunal Federal (STF), nomeação de cônjuge ou parente até terceiro grau para exercício de cargo em comissão ou de confiança em qualquer dos poderes da União violaria a Constituição Federal.
De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), no entanto, a vedação diria respeito apenas à indicação a cargos administrativos, e não políticos.