O presidente Donald Trump disse à primeira-ministra britânica, Theresa May, nesta terça-feira (4), que os Estados Unidos fariam um acordo "substancial" e "justo" com o Reino Unido depois do Brexit. A afirmação foi dada a líderes empresariais britânicos e americanos, no início de uma reunião entre as partes.
O presidente dos EUA e May se reuniram com no segundo dia da visita de Estado de Trump à Grã-Bretanha.
— Nós (os EUA) somos o seu maior parceiro. Acho que há uma grande oportunidade para ampliar isso, especialmente agora — afirmou Trump.
Louvando a "grande aliança" entre os dois países, May respondeu que "podemos fazê-la ainda maior" graças a um acordo bilateral "com uma cooperação econômica mais ampla, e continuando com nosso trabalho conjunto para moldar e influenciar a economia global e suas regras e instituições."
May deve renunciar na próxima sexta-feira (7), mas permanecerá no cargo enquanto um novo líder é escolhido para substituí-la. O favorito é o ex-prefeito de Londres Boris Johnson.
Visita e protestos
O dia não será marcado apenas pela troca mensagens de intenção positivas. Manifestantes convocados por organizações de defesa dos direitos humanos e da luta contra a mudança climática se encontram na frente do Parlamento britânico segurando cartazes de protesto contra Trump.
Em um deles, se lia: "descartem Trump" (dump Trump). Os manifestantes também carregam balões que mostram o presidente americano em tom alaranjado.
As manifestações contra Tump vêm também de políticos do alto escalão britânico. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse nesta terça em uma entrevista para o canal de TV Sky News que o americano é um "garoto propaganda para a extrema-direita no mundo todo", citando suas políticas migratórias para muçulmanos e os centros de imigração americanos.
Sadiq Khan e Trump vêm trocando farpas desde antes da chegada do americano. Khan reclamou da visita, ao que Trump respondeu que ele estava "fazendo um péssimo trabalho como prefeito" e sendo "rude" com o visitante.
A programação de segunda (3), o primeiro dia da visita do republicano, incluiu um jantar para 2 mil convidados no Palácio de Buckingham oferecido pela rainha Elizabeth 2ª.
— Esta noite, agradecemos a Deus pelos filhos bravos do Reino Unido e dos Estados Unidos, que derrotaram os nazistas e o regime regime nazista, e liberaram milhões da tirania. Os laços entre as nossas nações foi selado para sempre naquela grande cruzada — discursou Trump no jantar, antes de oferecer um brinde "à eterna amizade" entre os países.