Foto (abaixo) feita no México que viralizou nesta quarta-feira (26) reacende debate sobre imigrantes ilegais.
Confira outras imagens que chocaram o mundo:
Junho de 2019, México
Em meio à ameaça de expulsão de imigrantes ilegais estabelecidos nos Estados Unidos, a foto que registra os corpos de um migrante salvadorenho e sua filha de quase dois anos provocou comoção. A imagem também gerou críticas contra o presidente dos EUA, Donald Trump.
As vítimas morreram afogadas ao tentar atravessar o Rio Bravo, no Estado mexicano de Tamaulipas. Óscar Martínez Ramírez, 25 anos, colocou a filha por dentro de sua camisa para fazer a travessia, mas ambos se afogaram antes de chegar à fronteira americana.
Agosto de 2016, Síria
Constantes bombardeios estavam sendo registrados na Síria quando a imagem de Omran Daqneesh viralizou na Internet. A foto, de 2016, foi retirada de um vídeo publicado pelo grupo ativista Aleppo Media Centre (AMC) e mostra o garoto de quatro anos coberto em poeira e sangue, sentado em estado de choque após ter sito resgatado dos escombros de um edifício atingido por um ataque aéreo no bairro Qaterji, localizada na cidade Aleppo.
Agosto de 2015, Turquia
A foto de um menino afogado em uma praia da Turquia após o naufrágio de duas embarcações com refugiados sírios gerou comoção na Europa. Os barcos tinham saído da cidade turca de Bodrum com destino à ilha grega de Kos, porta de entrada da União Europeia.
A guarda costeira turca foi alertada por gritos de passageiros dos barcos e conseguiram resgatar os corpos de 12 pessoas, entre eles o de um menino pequeno que jazia de bruços na praia A fotografia de um agente turco carregando o menino foi difundida por meios de comunicação e pelas redes sociais com a hashtag #KiyiyaVuranInsanlik (a humanidade é um fracasso, em turco).
Fronteira entre Síria e Turquia, em 2014
A foto da menina síria Adi Hudea, de quatro anos, foi registrada em dezembro de 2014 pelo fotógrafo turco Osman Sagirli no campo de refugiados de Atmeh, localizado na fronteira da Síria com a Turquia. Ao se aproximar dela com o equipamento fotográfico, a criança levantou os braços, acreditando que a câmera seria uma arma. Na foto, Adi aperta os lábios entre os dentes e paralisa.
A menina é uma das milhares de crianças sírias que teve a família destroçada pela guerra. Perdeu o pai no atentado de Hama e vive com a mãe e três irmãos no acampamento.
— Eu usei uma lente de telefoto e ela pensou que fosse uma arma. Depois que eu tirei eu olhei (para a foto) e percebi que ela (a criança) estava assustada, porque ela mordeu os lábios e levantou as mãos. Normalmente, crianças correm, escondem os rostos ou sorriem quando veem uma câmera — disse.
Março de 1993, Sudão
A imagem que mostra uma criança em desnutrição com um urubu a espreita foi feita em 1993, no Sudão, e virou um clássico da fotografia. Com ela, o autor Kevin Carter venceu um Pulitzer. A cena levanta debates sobre a fome da população local. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, Carter sucumbiu ao julgamento público, que o acusou por não ter ajudado a criança, e se suicidou um ano depois.
Junho de 1972, Vietnã
A garota ao centro da foto é a sobrevivente da Guerra do Vietnã, Phan Thi Kim Phuc. Anos depois, ela se tornou um símbolo da luta para ajudar crianças que sofreram ferimentos em confrontos armados. A foto em que aparece foi feita por Huynh Cong Ut em 1972 e venceu o prêmio Pulitzer.
Em 2012, Kim afirmou que é grata por ter sido atingida por um bombardeio. Apesar das queimaduras que marcam 55% do seu corpo, dos 14 meses no hospital, das muitas cirurgias e da dor constante até hoje, ela acredita que a guerra deu um propósito a sua vida, e que a foto lhe deu um grande poder: ajudar as pessoas.