A polícia chilena iniciou nesta sexta-feira uma investigação para determinar se houve negligência de parte de policiais após um pedido de ajuda da família brasileira que morreu intoxicada por monóxido de carbono em Santiago, informou o governo.
Os seis turistas brasileiros, quatro adultos e dois menores, morreram na quarta-feira em um apartamento no centro de Santiago que haviam alugado pelo aplicativo Airbnb.
Ao sentir os primeiros sintomas da intoxicação, cerca de quatro horas antes do falecimento, a família teria telefonado para a polícia para pedir ajuda, mas o policial enviado ao local não encontrou o endereço informado.
A polícia quer esclarecer se houve comunicação com as vítimas e, se de fato ocorreu, como os agentes atuaram após receber o telefonema, informou Andrés Chádwick, ministro do Interior e Segurança.
Um diplomata brasileiro, que encontrou os corpos das vítimas, voltou a telefonar para a polícia, que retornou ao local.
Mauricio Rodríguez, chefe de polícia de Santiago, revelou que toda a informação sobre o caso foi repassada à Promotoria, que iniciou "indagações administrativas" para "estabelecer" se houve negligência por parte do oficial enviado ao apartamento após o primeiro telefonema.
As vítimas, cinco catarinenses e uma goiana, estavam em Santiago para celebrar o aniversário de uma delas e eram da mesma família: um casal, de 41 e 38 anos, seus filhos, de 14 e 13, e o irmão e a cunhada da mãe dos adolescentes, de 30 e 27 anos.
O motivo da viagem ao Chile era a celebração do aniversário da menina, que faria 15 anos na sexta-feira.
A Superintendência de Eletricidade e Combustível (SEC) do Chile confirmou à AFP que o prédio onde ocorreu a tragédia não tinha o selo verde que avaliza as instalações de gás.
Um comunicado da Airbnb na véspera destacou que, apesar de a segurança ser prioridade, são os "anfitriões (donos, ou administradores das casas e apartamentos) que devem se certificar sobre as leis e regulações locais".
* AFP