Peritos analisam o sistema de aquecimento, a cozinha e um fogão do apartamento em que uma família brasileira foi encontrada morta na quarta-feira (22), em Santiago, capital do Chile. Os especialistas tentam identificar possível vazamento de gás no imóvel, segundo o jornal La Nación.
Inalação de monóxido de carbono é uma das principais suspeitas para a causa da morte do casal de Biguaçu, na Grande Florianópolis (SC), os dois filhos, além de outro casal formado por um catarinense e uma mulher de Goiânia.
Informações preliminares indicam que uma das vítimas entrou em contato com familiares no Brasil, alegando que o grupo não estava se sentindo bem. Em seguida, um integrante do consulado do país em Santiago teria sido informado sobre o caso. Ao chegar no imóvel, ele encontrou a família morta.
Carlos Albornoz, responsável pela investigação, informou que os turistas brasileiros ingressaram no Chile no último domingo (19), desembarcando no Aeroporto Internacional de Santiago. Os corpos teriam sido encontrados por volta das 17h no horário local (18h no Brasil).
Viagem para comemorar aniversário da filha
As vítimas foram identificadas como sendo o casal Fabiano de Souza, 41 anos, e Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos, e os filhos Caroline Nascimento de Souza, que completaria 15 anos nesta semana, e Felipe Nascimento de Souza, 13 anos — moradores de Biguaçu.
Além deles, também morreram Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos, que é catarinense e irmão de Débora, e a esposa dele, Adriane Krueger, que é de Goiânia. O casal morava na cidade de Hortolândia, em São Paulo.
A família viajou a Santiago para comemorar os 15 anos de Caroline. Eles alugaram um apartamento na capital chilena por meio do Airbnb e, segundo a prima do casal, estavam prestes a voltar a Santa Catarina, pois a mãe dos irmãos Jhonatas e Débora faleceu em Florianópolis na madrugada de quarta-feira.
Segundo o portal NSC Total, familiares das vítimas estão tentando o traslado dos corpos, mas sofrem com a falta de informações. Uma campanha para arrecadação de recursos foi criada pela família por auxiliar no transporte.
Até o momento, não existe informação sobre a liberação dos corpos. A polícia chilena estaria aguardando o resultado de perícia.
Procurado pela reportagem, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que acompanha o caso por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santiago e mantém contato com os familiares, “prestando-lhes a assistência consular cabível, bem como com as autoridades locais que investigam as circunstâncias do ocorrido”.