Atingida por um incêndio nesta segunda-feira (15), a catedral de Notre-Dame é o monumento histórico mais frequentado da Europa, recebendo cerca de 13 milhões de visitantes por ano.
Sua construção, iniciada em meados do século 12, durou cerca de 200 anos. A igreja tem duas torres de 69 metros de altura e três portas: do Juízo Final, a da Virgem e a de Santa Ana. Com o fogo, o telhado e o pináculo da catedral, o ponto mais alto do prédio, com 96 metros, desabaram.
Durante a Revolução Francesa, a catedral sofreu vários atos de vandalismo, que resultaram na destruição da torre central, no roubo de obras de arte e de outros tesouros e na destruição das grandes estátuas do pórtico.
Os revolucionários organizaram inclusive um "culto da razão" no dia 10 de novembro de 1793, pouco antes da proibição de celebrações católicas em Paris. Em seguida, a catedral acabou transformada em armazém.
Reaberta aos cultos católicos em 1802, virou personagem central do romance "Notre-Dame de Paris", de Victor Hugo, publicado em 1831. Pouco depois, Eugène Viollet-le-Duc esteve à frente da restauração do prédio que durou cerca de duas décadas e onde trabalhou até morrer.
Notre-Dame conseguiu escapar ilesa pelas duas guerras mundiais, sendo que seus sinos soaram para anunciar a libertação da capital francesa do domínio nazista em 25 de agosto de 1944.
Em 2013, os nove sinos gigantes da catedral foram substituídos. Já a torre central, que estava sendo reformada, caiu consumida pelas chamas nesta segunda.