Dois aviões das Forças Armadas da Rússia aterrissaram no último sábado no aeroporto de Maiquetía, em Caracas, capital da Venezuela, transportando militares e equipamentos. A informação foi confirmada neste domingo (24) pela agência estatal russa Sputnik.
De acordo com o governo, a missão russa chegou à Venezuela para cumprir contratos de natureza técnico-militar. A embaixada do país em Caracas afirma que a chegada da aeronave "não tem nada de misterioso", pois os acordos foram assinados há vários anos.
A missão chega em "cumprimento" aos "contratos de natureza técnico-militar", segundo uma matéria da Sputnik, que cita fontes da embaixada russa em Caracas, sem dar mais detalhes.
No entanto, essas fontes disseram à agência russa que a chegada da aeronave não tem "nada de misterioso" e ocorre no marco de acordos assinados há vários anos.
Mais cedo, jornalistas da AFP haviam verificado a presença de um avião com bandeira russa no aeroporto, localizado a cerca de 40 minutos de carro da capital venezuelana, segundo as publicações da, com forte custódia de contingentes da Guarda Nacional Militar.
Contatadas pela AFP, as autoridades venezuelanas não emitiram comentários.
Cooperação entre Rússia e Venezuela
Rússia e China, principais credores da dívida externa da Venezuela (estimada em 150 bilhões de dólares), tem sido dois dos maiores aliados do governo de Nicolás Maduro em meio a uma crescente pressão internacional para que ele abandone o poder.
A colaboração militar entre Caracas e Moscou fortaleceu desde o inicio do chavismo, com a compra de equipamentos e armamento militar.
Em dezembro passado, dois bombardeiros TU160, um avião de carga e outro de passageiros foram enviados pela Rússia para a Venezuela para participar de exercícios de defesa com a Força Armada venezuelana.
Esse colaboração aumentou as tensões de Caracas com Estados Unidos e a vizinha Colômbia. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, criticou os exercícios, acusando Rússia e Venezuela de serem "dois governos corruptos desperdiçando fundos públicos e reprimindo a liberdade".