Já são duas mortes confirmadas em um confronto entre indígenas e militares venezuelanos nesta sexta-feira (22) no estado de Bólivar, na fronteira com o Brasil. Ambas as vítimas foram mortas enquanto tentavam manter aberta uma estrada para a chegada de ajuda humanitária no país, de acordo com uma ONG de defesa dos direitos humanos. As vítimas seriam um casal.
Além das mortes, outros 15 membros da comunidade indígena do município Gran Sabana ficaram feridos após a investida de um comboio da Guarda Nacional venezuelana.
Nicolás Maduro saiu em defesa dos militares, declarando respaldo à ação por meio de um vídeo no Twitter. O líder de Caracas escreveu na rede social que oficiais da Força Armada Nacional Bolivariana estão espalhados pelo território para "garantir a paz e a defesa integral do país".
Anteriormente, o jornal The Washington Post divulgou que uma mulher morreu e ao menos 12 pessoas ficaram feridas. O incidente ocorreu quando soldados venezuelanos abriram fogo contra um grupo de civis que tentava manter aberto um trecho da fronteira da Venezuela com o Brasil.
O presidente Nicolás Maduro ordenou o bloqueio da fronteira entre os dois países na noite de quinta-feira (21), para impedir a entrada de ajuda humanitária no país.
Segundo o Post, às 6h30min desta sexta, um comboio militar se aproximou de um ponto de controle próximo a uma comunidade indígena na vila de Kumarakapay, perto de uma das vias que ligam os dois países. Quando um grupo de pessoas tentou bloquear a passagem do comboio, os soldados abriram fogo.