A explosão de um carro-bomba deixou ao menos oito mortos e 38 feridos nesta quinta-feira (17), em Bogotá, capital da Colômbia, de acordo com o Ministério da Defesa colombiano. O ataque — classificado como um ato de terrorismo pelas autoridades locais — ocorreu dentro da Academia de Polícia General Santander por volta das 12h30min (horário de Brasília).
O ministério da Defesa confirmou que se tratou de um "ato terrorista", um dos mais graves já cometidos na capital colombiana desde a desescalada do conflito armado em razão do pacto de paz selado com a ex-guerrilha das Farc no final de 2016.
Como resultado, o presidente Iván Duque cancelou um conselho de segurança em Quibdó, no noroeste do país, e retornou à capital para se reunir com a cúpula militar.
"Todos nós, colombianos, rejeitamos o terrorismo e estamos unidos para enfrentá-lo. A Colômbia está triste, mas não se curvará ante à violência", escreveu o presidente no Twitter.
Duque, que assumiu o cargo em agosto de 2018, tem endurecido a política de combate às drogas no país, maior produtor de cocaína do mundo, e estabeleceu condições para reavivar as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), última guerrilheira ativa no país.
A explosão ocorreu após uma cerimônia de promoção de oficiais. As primeiras imagens da televisão local mostraram o movimento de ambulâncias em torno da área do suposto ataque, e o que pareciam ser os restos de um veículo em chamas.
Uma funcionária da saúde das Forças Armadas disse à imprensa que o veículo invadiu "abruptamente" a sede da polícia.
— Ele entrou abruptamente, quase atropelando os policiais e depois explodiu — comentou Fanny Contreras, que relatou ainda que "houve outra pequena explosão". As autoridades locais, no entanto, confirmam apenas um único abalo.