Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira (24) uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para debater a crise na Venezuela. Na quarta, os norte-americanos reconheceram o líder opositor e presidente da Assembleia Nacional Juan Guaidó como presidente interino.
A missão do governo de Donald Trump nas Nações Unidas disse que solicitou que o Conselho se reúna em sessão pública às 09h (12h de Brasília) de sábado. Agora, a presidência do corpo, que está a cargo da República Dominicana neste mês de janeiro, precisa confirmar esta reunião, assim como a data e a hora em que será realizada. Espera-se que o encontro conte com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, segundo diplomatas.
Nesta quinta de manhã, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, questionou a possibilidade de uma reunião do Conselho de Segurança sobre a Venezuela e indicou que o país não estava na agenda da mais alta instância da ONU.
O embaixador da África do Sul na ONU, Jerry Matjila, disse a jornalistas que o Conselho de Segurança ouvirá "o que Mike Pompeo tem a dizer", mas acrescentou que é pouco provável que o corpo acorde uma posição unificada sobre a situação venezuelana. A África do Sul, membro não permanente do Conselho, considera Maduro o legítimo presidente da Venezuela.
No Conselho de Segurança, a China tradicionalmente defende a tese da não interferência nos assuntos internos de outros países. As nações europeias que fazem parte do conselho (Reino Unido, França, Polônia, Bélgica e Alemanha) tiveram desde o início da crise venezuelana uma atitude menos decidida que Estados Unidos e Rússia, e pedem em particular "eleições livres e confiáveis".