O presidente da Renault, Carlos Ghosn, declarou nesta terça-feira (8) que agiu com "a aprovação dos diretores da Nissan", em seu primeiro depoimento em um tribunal desde que foi detido, em novembro passado, por suposta malversação financeira.
Nas declarações ao tribunal em Tóquio, Ghosn afirmou ter "agido com honra, legalmente e com o conhecimento e a aprovação dos diretores da companhia".
O presidente da Renault e ex-chefe da Nissan recordou que "dedicou duas décadas de sua vida para reerguer" a montadora japonesa e disse que foi "acusado falsamente e detido de maneira injusta".
Por decisão da justiça, Ghosn, preso em Tóquio, seguirá detido devido ao risco de fuga. O juiz responsável pelo caso também mencionou o risco de Ghosn interferir para alterar provas em sua justificativa para manter o executivo na prisão.
O empresário franco-brasileiro-libanês foi acusado no dia 10 de dezembro de sonegar 5 bilhões de ienes (44 milhões de dólares) em rendas entre 2010 e 2015. Ghosn também é suspeito de sonegação de renda entre 2015 e 2018, de abuso de confiança, e de desviar dinheiro de uma conta da Nissan para um amigo saudita. Ghosn nega as acusações.