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Libanês suspeito de financiar o Hezbollah é preso em Foz do Iguaçu

Assad Ahmad Barakat teve a prisão decretada pela justiça paraguaia em 31 de agosto, pelo crime de falsidade ideológica

AFP

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta sexta-feira (21), o libanês Assad Ahmad Barakat, suspeito de financiar o movimento xiita Hezbollah, em Foz do Iguaçu, no Paraná,informou o órgão. Barakat, de 51 anos, foi detido na tríplice fronteira com Argentina e Paraguai e interrogado, informaram agentes da PF. 

"O preso teve a prisão decretada pela justiça paraguaia em 31/08/2018, pelo crime de falsidade ideológica. A prisão de Assad foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 19/09/2018", acrescenta um comunicado da PF. 

"De acordo com a Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina, membros do Clã Barakat realizaram a compra de prêmios no valor de 10 milhões de dólares sem declarar os valores, em um cassino na cidade argentina de Iguazu, na região conhecida como Tríplice Fronteira. A manobra teria sido feita para lavar dinheiro da organização. O governo argentino congelou bens e valores do clã, que teria ligação com o Hezbollah", aponta o texto divulgado nesta sexta. 

Barakat cumpriu seis anos de prisão no Paraguai, por evasão de impostos, e foi liberado em 2008. A partir daí viveu no Brasil e mantém negócios no Paraguai, na Argentina e no Chile, precisou a PF.

Em 1989 tinha obtido nacionalidade paraguaia, mas em 2003 a Suprema Corte de Justiça anulou-a. Contudo, em abril a polícia lhe concedeu um passaporte paraguaio, segundo o governo de Assunção, que investiga o caso.

Em 2006 foi incluído pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em uma lista de indivíduos e entidades que financiam o Hezbollah nesta região fronteiriça.

O Hezbollah é um movimento xiita libanês, aliado do Irã.

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