O ex-diretor da CIA John Brennan afirmou que o presidente americano, Donald Trump, retirou a sua autorização de acesso a informação sigilosa para bloquear uma investigação sobre os seus vínculos com a Rússia. Em uma coluna publicada nesta quinta-feira (16) no jornal New York Times, Brennan disse que a decisão, anunciada na véspera pela Casa Branca, era de tom político.
— Claramente, o senhor Trump está desesperado para se proteger e os outros próximos a ele. É uma tentativa de silenciar, pelo medo, outros que se atrevam a desafiá-lo. O senhor Trump afirmar que não houve conluio é, por assim dizer, uma besteira — declarou Brennan.
— As únicas perguntas que restam são se o conluio que aconteceu foi uma conspiração que provavelmente constituiria um crime, se houve obstrução da Justiça para acobertar tal conluio ou conspiração, e quantos membros da SARL Trump (equipe de campanha) tentaram fraudar o governo lavando dinheiro e escondendo os movimentos financeiros em seus bolsos — acrescentou.
A Casa Branca adiantou na quarta-feira que outros oito ex-funcionários da Era Obama poderiam perder a autorização de segurança, incluindo James Clapper, ex-diretor de Inteligência nacional, Michael Hayden, que também foi diretor de Inteligência nacional, e o ex-diretor do FBI James Comey.
O procurador especial Robert Mueller está investigando a interferência russa nas eleições de 2016 e um possível conluio entre Moscou e a equipe de campanha de Donald Trump, um tema que tem sido permanentemente discutido no ambiente político e midiático dos EUA.