O presidente norte-americano, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, assinaram um compromisso histórico em Singapura na madrugada desta terça-feira (12). No documento de duas páginas, os líderes comprometem-se em continuar o diálogo para colocar fim ao programa nuclear do país comunista. Os Estados Unidos também cederam a concessões.
Em geral, analistas dividem-se sobre as consequências reais da reunião — uns veem como propaganda de Kim, outros enxergaram um caminho para a paz.
Entenda os principais pontos do acordo:
1) Desnuclearização da Coreia do Norte
O compromisso prevê a desnuclearização da Coreia do Norte. O documento repete o combinado por Kim no final de abril, na Coreia do Sul, mas sem estabelecer passos concretos. Esse processo envolve o desmonte de armas, a interrupção do enriquecimento de urânio, o fechamento de reatores nucleares, a desativação de áreas de testes para bombas, o fim da produção de combustíveis para bombas de hidrogênio e a permissão de inspeções internacionais. Porém, o principal item — a destruição de um local de testes de mísseis nucleares — está fora do documento divulgado.
2) Exercícios militares norte-americanos
Em coletiva de imprensa após o encontro, Trump disse que não havia cedido em nada. Entretanto, houve uma concessão importante: a interrupção dos exercícios militares aéreos conjuntos com a Coreia do Sul na fronteira dos países. Mesmo com a mudança, as tropas norte-americanas seguirão no país asiático.
3) Repatriação de restos mortais
Kim anunciou que irá recuperar os restos mortais de soldados mortos na Guerra da Coreia e repatriar os daqueles já identificados.
4) "Paz estável"
Os dois países ainda se comprometeram a estabelecer novas relações para manter o desejo de "paz e prosperidade". Os Estados Unidos e a Coreia do Norte também se empenharam em criar esforços para alcançar uma "paz estável e duradoura" na Península Coreana.