A reunião histórica entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un resultou na assinatura de um documento de cooperação. Ao final da reunião, por volta das 2h30min, no horário de Brasília, Trump e Kim se sentaram em frente à imprensa e assinaram o acordo que, segundo eles, representa uma "cooperação entre os dois países". O conteúdo do material ainda não foi divulgado, mas a expectativa é de que represente o fim do programa nuclear e balístico do país comunista. Em troca, o país asiático buscaria garantias econômicas e de segurança. As informações são do Estadão.
O Presidente Trump declarou que "os dois lados ficarão impressionados com o resultado da cúpula". Já o líder norte-coreano afirmou que "o mundo verá uma grande mudança". Com o discurso de deixar o passado para trás, Trump ainda afirmou que "com certeza" irá convidar Kim para visitar a Casa Branca.
O encontro – que aconteceu em Singapura e começou por volta das 22h de segunda-feira (11) (horário de Brasília – teve início com um aperto de mãos entre Trump, e Kim Jong-un, e ocorreu depois de uma série de ameaças que aumentou a tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte nos últimos anos.
Essa é primeira cúpula da história entre os principais líderes de Estados Unidos e Coreia do Norte. Antes de Trump, nenhum presidente americano, no exercício do cargo, havia encontrado o comandante norte-coreano que estava no poder.
Os dois homens, de trajetórias e estilos radicalmente diferentes e com mais de 30 anos de diferença, conversaram cara a cara, com o auxílio de seus intérpretes, durante 48 minutos. Em seguida, iniciaram uma reunião com suas respectivas equipes, antes de um almoço de trabalho após o qual será concluída a cúpula histórica.
Apesar da espetacular aproximação diplomática dos últimos meses, persistem muitas dúvidas sobre a cúpula entre os dois dirigentes.
Trump, que tem pouco mais de 500 dias na Casa Branca, vive um dos momentos mais importantes de sua Presidência no cenário internacional, onde tem desagradado muitos líderes, inclusive alguns dos aliados dos Estados Unidos.
Em uma série de tuítes postados horas antes do evento em Singapura, Trump indicou que os preparativos do encontro "iam bem".
"Em breve todos saberemos se pode haver ou não um acordo real, diferentemente dos do passado", tuitou, antes de atacar em outra mensagem os "haters e perdedores" que consideram uma concessão arriscada a Kim, com quem o presidente americano trocou ameaças e insultos durante meses.