O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu prorrogar a suspensão do aumento das tarifas de importação sobre o aço e o alumínio do Brasil e de outros países. A sobretaxa estava programada para entrar em vigor nesta terça-feira (1º). Com a medida dos EUA, a mudança foi adiada para o dia 1º de junho.
Ao mesmo tempo, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, emitiu comunicado na noite desta segunda-feira (30), no qual afirma que o governo norte-americano chegou a acordos em princípio com o Brasil, a Argentina e a Austrália em relação às tarifas de importações sobre os materiais importados pelos EUA. De acordo com Sanders, "os detalhes serão finalizados em breve".
Na comunicado, a Casa Branca aponta que os acordos ressaltam a estratégia bem-sucedida do governo Trump para "alcançar resultados juros com os aliados" com a finalidade de proteger a segurança nacional americana e de enfrentar os desafios globais das indústrias de aço e de alumínio. Sanders também lembrou que o governo Trump chegou a um acordo final com a Coreia do Sul sobre as importações de aço, cujos detalhes foram anunciados anteriormente pelos governos dos dois países.
Além disso, o governo Trump também estendeu as negociações com o Canadá, o México e a União Europeia por mais 30 dias.
— Em todas essas conversas, o governo está focado em cotas que restringirão as importações, impedirão o transbordo e protegerão a segurança nacional — disse Sanders.
Inicialmente, os EUA impuseram tarifas mundiais de 25% sobre suas importações de aço e de 10% sobre o alumínio, mas isentaram temporariamente diversos aliados, em uma decisão cujo prazo se encerraria nesta terça-feira, 1º de maio. Esse adiamento, no entanto, foi prolongado em um mês.
No memorando em que determina a extensão das isenções, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirma que determinou os meios necessários e adequados para enfrentar a ameaça à segurança nacional representada pelas importações de aço e de alumínio da Argentina, da Austrália e do Brasil. De acordo com ele, as discussões obre o assunto "serão mais produtivas se os produtos desses países permanecerem isentos das tarifas, até que os detalhes possam ser finalizados e implementados".
Trump disse ainda que, como os EUA concordaram em princípio com esses países, "não é necessário definir uma data de expiração para as isenções. No entanto, se os meios alternativos satisfatórios não forem finalizados em breve, considerarei uma nova imposição das tarifas".