Os Estados Unidos prometeram nesta segunda-feira (21) tomar "medidas econômicas e diplomáticas rápidas" para contribuir para o retorno da democracia na Venezuela, depois de chamar de "farsa" as eleições nas quais Nicolás Maduro foi escolhido para um segundo mandato. Segundo o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, o governo de Donald Trump "não vai ficar de braços cruzados enquanto a Venezuela desmorona e a miséria de seu povo valente continua".
"A eleição da Venezuela foi uma farsa, nem livre nem justa. O resultado ilegítimo deste falso processo é mais um golpe para a orgulhosa tradição democrática da Venezuela", afirmou, em nota.
Em outro comunicado, o secretário de Estado, Mike Pompeo, também condenou o que chamou de eleições "fraudulentas", boicotadas pela oposição e não reconhecidas por 14 países americanos. Pompeo anunciou novas medidas punitivas contra Caracas.
"Os Estados Unidos estão do lado das nações democráticas em apoio ao povo venezuelano e tomarão medidas econômicas e diplomáticas rápidas para apoiar a restauração de sua democracia", disse.
O chefe da diplomacia americana considerou "esta chamada 'eleição' um ataque à ordem constitucional e uma afronta à tradição democrática da Venezuela". "Até que o regime de Maduro restabeleça o caminho democrático na Venezuela por meio de eleições livres, justas e transparentes, o governo enfrentará o isolamento da comunidade internacional", acrescentou.
Quatorze países americanos do chamado Grupo de Lima decidiram nesta segunda-feira convocar seus embaixadores na Venezuela para consultas e agir para bloquear fundos internacionais destinados a Caracas.
Os Estados Unidos, que desde março 2015 veem a Venezuela como uma "ameaça à segurança nacional", já aplicaram uma série de medidas contra dezenas de funcionários e ex-funcionários venezuelanos, inclusive Maduro e outras autoridades, acusando-os de corrupção e tráfico de drogas.