As caixas-pretas do avião que caiu em 18 de fevereiro nas montanhas no sudoeste do Irã foram encontradas, indicou neste domingo (4) a agência oficial Irna.
"A caixa de gravação dos parâmetros de voo e a das conversas no cockpit foram entregues às autoridades judiciais", que as transmitirá aos investigadores responsáveis por estabelecer as causas desta tragédia que deixou 66 mortos, escreveu Irna, citando o diretor de relações públicas da Organização Iraniana da Aviação Civil, Reza Jafarzadeh.
De acordo com Jafarzadeh, as duas caixas-pretas do ATR 72 da companhia Aseman Airlines foram encontradas no sábado (3) pelas equipes de resgate que retomaram, na sexta-feira (2), suas operações nas montanhas de Zagros para tentar recuperar os corpos das vítimas do acidente.
O avião decolou de Teerã rumo à cidade de Yassuj, com 66 pessoas a bordo - 60 passageiros e seis membros da tripulação. A aeronave desapareceu das telas dos radares durante uma tempestade de neve, quando se aproximava de seu destino. O aparelho está em serviço desde 1993.
As difíceis condições climáticas nos últimos dias tornaram as operações particularmente perigosas devido aos riscos de avalanches, de acordo com socorrristas citados por vários meios de comunicação iranianos.
Até agora, apenas partes de corpos foram recuperadas do local da tragédia. De acordo com Irna, as equipes forenses realizaram testes genéticos em "51 tecidos" para tentar identificá-los.
O Irã enfrentou algumas catástrofes aéreas desde 2003. O último grande acidente no campo da Aviação Civil remonta a 2014, quando 39 pessoas morreram na queda de um Antonov 140.
Números da Flight Safety Foundation, uma ONG baseada nos Estados Unidos, sugerem que o Irã continua abaixo da média em termos de adoção de normas de segurança da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci).
* AFP