Neste sábado (13), as 15 nações da Comunidade do Caribe (Caricom) denunciaram o presidente americano, Donald Trump pelo uso de uma "linguagem repulsiva" para descrever o Haiti e países africanos.
Em encontro na Casa Branca com Trump na terça-feira (9), quando legisladores levaram a questão de proteção a imigrantes de países africanos, do Haiti e de El Salvador, o presidente questionou por que os Estados Unidos deveriam aceitar imigrantes de "países de merda" em vez de, por exemplo, da rica e majoritariamente branca Noruega.
O senador democrata Dick Durbin, que estava presente na reunião, disse que Trump perguntou especificamente "Nós precisamos de mais haitianos?", antes de atacar a imigração africana.
A Caricom "ficou profundamente abalada por relatos acerca do uso de linguagem repulsiva e depreciativa pelo presidente dos Estados Unidos em respeito ao nosso Estado-membro Haiti e a outros países em desenvolvimento", manifestou em nota, o bloco, sediado na Guiana. "A Caricom condena, nos termos mais fortes, as opiniões ignorantes que teriam sido expressadas".
O bloco que inclui ex-colônias britânicas, holandesas e francesas afirmou que a Caricom expressou seu apoio total à reação do governo haitiano.
— Deve-se destacar que o Haiti é a segunda democracia mais antiga do hemisfério ocidental, após os Estados Unidos, e que os haitianos continuam a contribuir significativamente, em muita esferas, para a comunidade global e, particularmente, para os Estados Unidos da América — disse a Caricom.