Rodrigo Lopes
No pátio do Hospital Universitário da Paz, em Porto Príncipe, capital do Haiti, tendas improvisadas com pedaços de panos velhos e colchões surrados abrigam famílias sob o sol intenso do Caribe. Uma antessala que em nada prepara o espírito para o que veremos à frente. Um portão vermelho abre-se para os jornalistas, mas rapidamente fecha-se para os haitianos. Não há mais lugar. Não nas macas, porque essas já não existem. Não há mais lugar no chão, em cima das mesas, nas cadeiras. Por todo lado, estão feridos enfaixados, com os rostos mal cobertos por esparadrapos. Alguns têm os membros amputados. Gritos de desespero.
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