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Eleições presidenciais 

Contagem em Honduras termina com Hernandéz em vantagem, mas sem anúncio de vencedor 

Disputa presidencial é marcada por protestos da oposição e acusações de fraudes 

AFP

Governo de Honduras / Divulgação
Juan Orlando Hernandéz obteve vantagem de 1,53%

Oito dias após a realização das eleições em Honduras, o Tribunal Superior Eleitoral concluir na madrugada desta segunda-feira (4) a contagem dos votos. As eleições no país vem sendo marcadas por protestos e acusações de fraudes. O atual presidente Juan Orlando Hernandéz obteve uma vantagem de 1,59% sobre o candidato da oposição Salvador Nasralla. Apesar do resultado, a declaração oficial do vencedor pode demorar até 22 dias porque, após a apuração dos votos, acontece a fase de impugnações.

— Agora terminamos esta fase de contagem — afirmou o presidente do Tribunal, David Matamoros.

Segundo ele, Hernández conta com 42,98% dos votos, e seu opositor, Salvador Nasralla, 41,39%. Matamoros indicou que poucas urnas faltam ser verificadas. A apuração projeta o presidente Hernández como vencedor.  O político de direita, de 49 anos, disputou o pleito graças a uma polêmica decisão judicial que permitiu sua candidatura à reeleição, o que é proibido pela Constituição.

A possibilidade de um novo mandato de Hernández provocou a fúria dos simpatizantes de Nasralla, apoiado pela Aliança de Oposição Contra a Ditadura, que alegam fraude e roubo na eleição. Os seguidores do candidato de esquerda entraram em confronto com policiais e militares, em distúrbios que resultaram na morte de uma mulher.

— Fazemos um apelo a todos os candidatos e a todos os partidos de que Honduras vem em primeiro lugar — afirmou Matamoros, ao pedir calma em um momento de tensão no país, que já registrou cenas de vandalismo e saques.

O partido de Nasralla, um popular apresentador de televisão de 64 anos, acusa o governo de cometer uma fraude eleitoral em conivência com o TSE. Matamoros, no entanto, afirmou que nenhum partido ou candidato apresentou atas com resultados diferentes aos que foram divulgados pelo tribunal. Os atos de violência levaram o governo a declarar na sexta-feira (1º) estado de sítio, com um toque de recolher noturno, que foi burlado em vários bairros com panelaços de moradores.



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