O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta segunda-feira (30) no Twitter que seu comitê de campanha tenha participado de um complô com a Rússia durante a eleição de 2016. Ele defendeu que as investigações se concentrem em sua rival, a democrata Hillary Clinton.
Também no Twitter, o presidente alegou que os fatos pelos quais seu ex-diretor de campanha, o advogado Paul Manafort, é acusado remontam "há anos".
"Não há CONLUIO!", escreveu o presidente.
Admitindo que mentiu sobre seus laços com Moscou, Manafort foi indiciado hoje por conspiração contra os Estados Unidos, por lavagem de dinheiro e por falso testemunho.
Sobre as acusações contra seu ex-chefe de campanha, Trump apontou na rede social que 140 caracteres: "Eu sinto muito, mas isso aconteceu há anos, antes que Paul Manafort fizesse parte da campanha de Trump. Mas por que o foco não está sobre Hillary Clinton e os Democratas?".
Além de Manafort, foi indicado formalmente seu sócio Rick Gates, pelas mesmas acusações.
Já o assessor de Política Externa de Trump durante a campanha, George Papadopoulos, se declarou culpado de mentir sobre as relações com a Rússia, anunciou o procurador especial que investiga a alegada interferência russa nas eleições presidenciais dos Estados Unidos no ano passado.
"Através de suas falsas declarações e omissões, o acusado Papadopoulos impediu a investigação em curso do FBI sobre a existência de vínculos ou coordenação entre indivíduos associados com a campanha e os esforços do governo russo para interferir nas eleições presidenciais de 2016", indica a acusação assinada pelo procurador especial, Robert Mueller.