O advogado Paul Manafort, chefe da campanha eleitoral do presidente Donald Trump, foi indiciado nesta segunda-feira (30) por "conspiração contra os Estados Unidos", tentativa de lavagem de dinheiro e por não se registrar como agente de um país estrangeiro em investigação sobre interferência da Rússia. Manafort também foi indiciado por falso testemunho sobre seu papel como agente estrangeiro e por não apresentar as devidas declarações sobre contas bancárias no Exterior e registros financeiros.
O advogado compareceu a um edifício do FBI, acatando ordem para se entregar às autoridades. Conforme a imprensa americana, um sócio de Manafort, Rick Gate, também foi indiciado formalmente nas investigações coordenadas pelo procurador especial Robert Mueller.
As investigações têm por objetivo determinar se Moscou interferiu nas eleições do ano passado a favor de Trump. As apurações concentram-se nos contatos entre dirigentes da campanha do presidente norte-americano e funcionários russos.
Na sexta-feira (27), o canal CNN informou que um grande júri federal aprovou os primeiros indiciamentos no caso, o que provocou uma intensa onda de boatos sobre possíveis prisões. Durante o fim de semana, Trump usou o Twitter para atacar as investigações. "Toda essa história da Rússia justo quando os republicanos estão fazendo uma histórica reforma de corte de impostos. É uma coincidência? NÃO!", escreveu.
De acordo com o presidente, "não existe" conluio. "Os democratas estão utilizando esta terrível caça Às bruxas para fazer política", afirmou.