Os primeiros moradores chegaram antes do amanhecer, quando as farmácias ainda não tinham aberto, com a esperança de conseguir uma máscara ou antibióticos contra a peste bubônica. A doença voltou à capital de Madagascar, Antananarivo, onde deixou seis mortos e provocou pânico na população.
O balanço anunciado no sábado (30) pelo primeiro-ministro, Olivier Mahafaly Solonandrasana, causou pânico. Desde o final de agosto, morreram 24 pacientesno país devido à peste.
Se for detectada a tempo, a peste bubônica pode ser curada com antibióticos. Mas, sua variante pulmonar, transmitida através da tosse, pode ser fatal em menos de 72 horas.
A capital de Madagascar está acostumada com a peste, que é transmitida através das pulgas que parasitam ratos.
Este ano é mais preocupante que outros, porque a peste chegou mais cedo e "afeta as grandes zonas urbanas, ao contrário das epidemias anteriores", segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para tentar combatê-la, o governo anunciou medidas inéditas, como a proibição, até nova ordem, de todas as reuniões públicas na capital.
Os habitantes de Antananarivo reagiram recorrendo aos únicos meios a sua disposição: as máscaras e os antibióticos, mesmo sem confiar muito em sua eficácia.