O furacão Irma, rebaixado para a categoria 4 em uma escala de um a 5, prossegue em sua trajetória de destruição pelo Caribe, onde deixou pelo menos 17 mortos, segundo a agência AFP. Cuba e Estados Unidos se preparam para o impacto.
O número de vítimas é desencontrado porque as buscas seguem em curso. A rede de televisão CNN afirma que 24 pessoas morreram. Cerca de 1,2 milhão de pessoas já foram atingidas, um número que pode chegar a 26 milhões, segundo a Cruz Vermelha.
Ao menos duas pessoas morreram em Porto Rico, quatro nas Ilhas Virgens americanas e nove nas ilhas francesas de Saint-Martin e Saint-Barthélemy, que contabilizam ainda sete desaparecidos e 112 feridos. Uma pessoas morreu na parte holandesa de Saint-Martin e uma em Barbuda.
O Irma, que antes tinha vento de 300 km/h, agora tem rajadas mais fracas, de 250 km/h. Apesar da mudança, o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, afirma que o furacão segue "extremamente perigoso". O fenômeno deve atingir a costa norte-americana no domingo e provocar ondas de, pelo menos oito metros.
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Nesta sexta, por volta das 13h do horário local (10h no horário de Brasília), o olho do ciclone que se dirigia para o oeste estava ao sul do arquipélago das Bahamas, perto da ilha de Great Inagua, a menos de 150 quilômetros de Cuba.
Cuba espera a passagem do furacão na noite desta sexta. As autoridades decretaram alerta máximo em sete de suas 15 províncias e obrigaram a retirada de 10 mil turistas estrangeiros.
Em seguida, Irma subirá em direção à costa sudeste dos Estados Unidos. Quase 1 milhão de pessoas receberam ordens de deixar áreas costeiras de Flórida e Geórgia, na maior evacuação maciça nos Estados Unidos em 12 anos.
O governador da Flórida, Rick Scott, ordenou o fechamento até segunda-feira (11) de todos os estabelecimentos escolares, que poderão ser transformados em abrigos.
– Será realmente devastador. Todo o sudeste dos Estados Unidos deve se proteger – antecipou na quinta-feira o diretor da Agência Americana de Gestão de Emergências (FEMA, na sigla em inglês), Brock Long.
Com rajadas de vento que chegaram a 300 km/h, o furacão varreu pequenas ilhas caribenhas como Saint-Martin, onde 60% das casas ficaram inabitáveis.
– Parece como se uma podadora gigante tivesse descido do céu e passado pela ilha – explicou Marilou Rohan, moradora afetada, à emissora NOS.
Depois do Irma, o Caribe enfrentará a fúria de outros dois furacões: José e Katia.
José, que segue a trajetória de Irma, ganhou força na quinta-feira e subiu para categoria 3, com ventos de até 195 km/h, segundo o NHC. Katia, de categoria 1, deve chegar à costa do estado mexicano de Veracruz também na sexta-feira.