Pelo menos três pessoas morreram em Macau, nesta quarta-feira (23), durante a passagem do tufão Hato. O fenômeno meteorológico se deslocou do território chinês para Hong Kong, onde também deixou uma vítima.
Na ex-colônia portuguesa, a passagem do tufão provocou grandes inundações. Três homens com idades entre 30 e 65 anos estão desaparecidos, segundo o governo de Macau.
Uma das vítimas morreu no desabamento de um muro, outra caiu do quarto andar de um prédio e a terceira, um turista chinês, foi atropelada por um caminhão.
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A energia elétrica foi cortada em vários pontos de Macau, mas a maioria dos cassinos, como o gigantesco Venetian, permaneceram abertos a partir da energia de geradores.
O Grande Lisboa, no entanto, teve que interromper as mesas de jogo e fechar os restaurantes por falta de energia elétrica. As autoridades de Macau limitaram o fornecimento de água potável.
Em Hong Kong, um homem de 83 anos morreu ao cair no mar e mais de 80 pessoas ficaram feridas. Quase 300 pessoas buscaram refúgio em abrigos especiais.
Os fortes ventos e as chuvas torrenciais provocaram a suspensão de vários voos e o fechamento da Bolsa. A meteorologia elevou o nível de alerta ao grau 10, o máximo.
Esta é a primeira vez em cinco anos que as autoridades recorrem a este nível de alerta, e a terceira desde 1997, quando a ex-colônia britânica foi devolvida à China. Ondas gigantes foram registradas e vários bairros ficaram inundados. As rajadas de vento chegaram a 207 km/h e derrubaram janelas e vitrines, assim como árvores.
– Estava na varanda quando uma árvore passou voando diante de casa – disse David Colson, morador de Yuen Long, noroeste de Hong Kong.
Exceto por alguns aventureiros que tentavam filmar o tufão, as ruas de Hong Kong estavam desertas. A companhia Cathay Pacific cancelou a maioria dos voos previstos para esta quarta-feira, uma medida também adotada pela Hong Kong Airlines. O aeroporto de Hong Kong informou que 420 voos foram cancelados.
O tufão passou a 60 quilômetros de Hong Kong antes de tocar a terra em Zhuhai, sul da China, onde milhares de pessoas já haviam abandonado as casas por precaução, informou a agência Xinhua.
Hong Kong é afetado com frequência por tufões entre julho e outubro, mas um impacto direto como o provocado pelo Hato é incomum.
Em 1962, o tufão Wanda, com ventos de 284 km/h, atou 130 pessoas e deixou 72 mil desabrigados.